7 Dicas para fazer revisão do veículo e viajar com segurança nas férias



Antes de sair com a família para aquela tão sonhada viagem de verão, é importante fazer a manutenção do carro para não ficar no meio do caminho à espera de socorro

 

Paulinho Miranda/EM/D.A Press

Na hora de programar a viagem de férias, todo mundo se lembra de tudo: da reserva na pousada, comprar sunga e biquínis novos, protetor solar, máquina fotográfica, além de um monte de coisas supérfluas. Mas o fiel companheiro de estrada, o carro, muitas vezes acaba sendo esquecido e se transforma em dor de cabeça. Por isso, é bom ficar atento à manutenção, providenciando uma revisão preventiva e conferindo alguns itens importantes. Além de garantir a segurança da família e de terceiros, fazendo isso você terá uma viagem tranquila.

REVISÃO
Carro precisa de manutenção periódica. Ou seja, se seu possante já não visita a oficina há um bom tempo, é importante programar uma revisão uns dias antes de pegar a estrada com a família. Peça para que sejam conferidos itens básicos como óleo do motor, sistema de freios e as famosas correias (do alternador, a dentada e a do ar-condicionado), que não podem estar ressecadas ou trincadas, pois dessa forma aumenta o risco de arrebentarem na estrada. E como vivemos em um país tropical, com temperaturas elevadas no verão, é de extrema importância a manutenção do sistema de arrefecimento, para evitar o superaquecimento do motor. Se o sistema de refrigeração do seu carro não foi revisado nos últimos dois anos, é melhor pedir para fazer uma limpeza geral com a reposição do líquido de arrefecimento, para que o motor possa trabalhar na temperatura ideal.

Revisão é o primeiro passo para pegar a estrada nas férias

ONDE HÁ NEBLINA
Em algumas regiões do Brasil é comum a incidência de neblina nas estradas nesta época do ano, fator que aumenta o risco de acidente. Saiba que nessa condição você deve usar o farol baixo com o auxiliar de neblina, que ilumina mais próximo do carro e para os lados. E lembre-se: farol e lanterna de neblina só devem ser usados quando houver neblina. Do contrário, só atrapalham a visibilidade de outros motoristas.

SAPATOS
Outro item muito importante que está diretamente relacionado com a segurança dos usuários do carro são os pneus. Eles são os elos entre o veículo e o solo, por isso devem estar em perfeitas condições de uso. Se estiverem com a profundidade dos sulcos inferior a 1,6mm são considerados carecas e devem ser substituídos imediatamente. Em pista molhada, esses pneus são um perigo. Lembre-se sempre de deixar os pneus melhores no eixo traseiro, diminuindo o risco de que um deles estoure e você fique sem o controle do carro. Se o pneu dianteiro estourar, o motorista ainda pode tentar fazer alguma manobra, pois o eixo direcional é o da frente. Mas se o problema for no pneu traseiro, fica bem mais difícil controlar o carro. É importante calibrar os pneus seguindo as recomendações do fabricante, lembrando que a pressão deve ser aumentada pelo fato de o carro levar o peso adicional das bagagens. Procure calibrá-los enquanto estiverem frios e não se esqueça de conferir também as condições do estepe. Fique por dentro:Descubra com o De 0 a 100 a importância dos pneus para o desempenho e segurança do carro Patrocinado 

EQUILIBRADO
Além dos pneus, a boa dirigibilidade do carro depende do perfeito alinhamento da direção e da checagem das suspensões. Automóvel desalinhado é sinônimo de instabilidade e insegurança, principalmente em curvas. Mas fique atento ao mandar fazer o serviço, pois muitas oficinas acabam inventando problemas que não existem, como a “troca preventiva” dos amortecedores aos 40 mil quilômetros. Conversa fiada! Esses componentes só devem ser substituídos depois de exame criterioso, já que sua durabilidade depende muito do tipo de uso do carro. Podem estourar com 10 mil quilômetros de uso ou durar cerca de 100 mil quilômetros. Se estiverem com vazamentos ou com buchas estouradas, aí certamente precisam de uma atenção especial. A inspeção dos amortecedores deve ser feita a cada 15 mil quilômetros ou por uma situação especial, como a roda ter sofrido um baque violento ao passar por um buraco.

NA MATULA
Nos carros mais modernos, dotados de sistemas eletrônicos fica difícil pensar em resolver qualquer problema apresentado na estrada. Atualmente, mal se vê o motor do carro, portanto, tentar fazer qualquer intervenção é complicado. Mas não custa nada fazer um kit de viagem com lanterna com pilhas novas, uma chave de fenda e cabos para fazer chupeta, caso a bateria resolva acabar. Não se esqueça dos documentos pessoais e do veículo, além de dinheiro trocado para pagar pedágio, cada vez mais comum nas estradas brasileiras. Leve também água e lanche rápido para evitar paradas desnecessárias, mas também não dirija por períodos superiores a duas horas e encoste ao primeiro sinal de sonolência. Durma bem e evite comidas pesadas antes de pegar a estrada e não se esqueça do celular com a bateria carregada e o cartão da seguradora. Consulte os sites do Dnit, do DER e das concessionárias de rodovias para saber as condições das estradas. E no mais, boa viagem!

VISIBILIDADE 
Quem dirige não pode abrir mão da boa visibilidade. Para-brisa limpo, com as palhetas em boas condições são fundamentais nesta época de chuvas. O reservatório do líquido do lavador do para-brisa também deve ser abastecido com água e xampu apropriado. Nada de detergente de cozinha, que pode danificar a pintura. O motorista precisa ver e ser visto, por isso é importante checar todas as luzes de lanternas e faróis, que devem ser devidamente regulados e limpos. Com o porta-malas carregado, a frente do carro tende a levantar e se não for feita a regulagem correta, o farol pode prejudicar a visão do motorista que trafega em sentido contrário. Alguns modelos contam com o prático ajuste elétrico dos faróis, mas nos que não têm essa opção, a regulagem pode ser feita no bojo dele.

PESO EXTRA NO FREIO
Partindo do princípio de que as pastilhas, lonas, discos e fluido do sistema de freio foram conferidos na revisão, é bom lembrar de um detalhe importante. Com o carro carregado e consequentemente mais pesado, é preciso acionar o pedal de freio um pouco antes do que o normal, principalmente se estiver em uma descida com curvas sinuosas. E esqueça aquela velha ideia de colocar o carro em ponto morto, a famosa banguela, acreditando que vai economizar combustível. Além de não ser verdade, tal procedimento sobrecarrega o sistema de freio, já que não conta com o auxílio do freio motor.

 postado em 06/01/2016 08:53 Enio Greco /Estado de Minas